Como convencer alguém querido a fazer algo sobre sua perda auditiva?
[Adaptado do texto “How to convince a loved one to do something about their hearing loss”, da Oticon]
Não é tão fácil como dizer: “Ei, vamos às compras hoje… procurar aparelhos auditivos”.
Tentar forçar alguém querido a resolver um problema de audição pode ser uma tarefa assustadora por uma variedade de razões.
Primeiro, há a própria natureza da perda auditiva que pode acontecer gradualmente, e pode ser até negada. E por ser uma condição penosa e de isolamento físico, frequentemente reduz a capacidade de comunicação e de relacionamento interpessoal. Depois, há os desincentivos: o estigma de usar aparelhos auditivos, o custo percebido e a perda de independência, ou a falta de confiança de que os dispositivos realmente funcionam.
Pode ser difícil cuidar de alguém nessa condição. Mas talvez o obstáculo mais difícil de superar é aquele que você não espera: você. Se você vive com essa pessoa ou gasta muito tempo com ele ou ela, as chances são de que você se tornou um “aparelho auditivo humano”: repetindo, explicando, falando mais alto, tudo sob demanda.
Percebendo o impacto da perda auditiva de outra pessoa em sua própria vida pode lhe dar uma compreensão mais empática do que a condição está fazendo com eles e com os outros. Você pode perceber um benefício maior para ajudá-los a enfrentar sua condição: uma vida melhor para toda a família.
Mas que ação você pode tomar?
Mostre-lhes os benefícios. Como você deve saber, os benefícios dos aparelhos auditivos vão além da recuperação do som perdido. Instrumentos auditivos aliviam a fadiga que vem de esticar para ouvir. Eles acrescentam riqueza e detalhes aos sons cotidianos. E tornam mais fácil participar de conversas, participar de atividades sociais e reconectar com amigos e familiares. Mais importante ainda, os aparelhos auditivos ajudam a prevenir condições graves como ansiedade, depressão e demência que estão associadas com perda auditiva não tratada.
Existem muitas fontes de informação que você pode usar para compartilhar esses benefícios com o seu ente querido. Além do que você pode encontrar na Internet, é uma boa idéia visitar um profissional de audição, fazer perguntas e ver a literatura impressa disponível.
Uma das maneiras mais eficazes de comunicar os benefícios, no entanto, é organizar um bate-papo entre o seu ente querido e uma pessoa que já use aparelhos auditivos. Encontre alguém que possa compartilhar sua história mostrando como é sua realidade. Esta pode ser a melhor maneira de ajudar o seu familiar a ver que os males percebidos são muitas vezes percepções erradas, e que os benefícios fazem a mudança valer a pena.
Faça uma intervenção. É sério.
Às vezes, porém, isso não é suficiente. Você ainda pode ter que romper a parede de negação que se ergue. Você pode chamar o resto da família para ajudar. Eles podem confrontá-lo, amorosamente, com o impacto sobre a família; Deixar de falar mais alto; E indicar, delicadamente, cada vez que a situação se repetir.
Em todos os casos, os especialistas recomendam que você se afaste do papel de “aparelho auditivo humano”. Com o tempo e com paciência, você pode começar a ter um diálogo real sobre o quanto melhor a vida pode ser com a ajuda da tecnologia auditiva moderna.
Da consciência ao resultado.
Tomar consciência provavelmente será a parte mais difícil da batalha. Uma vez que você o conseguiu, vai precisar continuar, de forma positiva, enquanto você o ajuda no processo de avaliação por um profissional de audição. Com os resultados positivos dos exames, haverá pouco espaço para a negação. E com os testes de adaptação, o ajuste ao aparelho ideal será fácil e livre de risco. Você deve tomar consciência das etapas envolvidas, preparar seu ente querido para cada fase, com a certeza de uma vida melhor em todos os sentidos… para toda a família.
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Um abraço,
Maria Helena Pinho Costa
